terça-feira, 9 de junho de 2020

GESTÃO EMPRESARIAL 4.0 !!!

Antes da abordagem relativa à Gestão Empresarial 4.0, para as organizações, faz-se necessário um preâmbulo sobre o que justificou a intenção desse tema. Preâmbulo que vai nortear boa parte do artigo.

É comum separar as fases da humanidade numa "régua" histórica que associa as gerações com as respectivas sociedades em que estão imersas, aí incluídas todas as perspectivas sociais, emocionais, familiares, mas principalmente a perspectiva da inovação, muitas vezes associadas à tecnologia.

E, do ponto de vista do binômio Ensino-Aprendizagem costuma-se dividir essas gerações em Educação 1.0; Educação 2.0; Educação 3.0; e Educação 4.0, sendo essa última a atual, considerada como a quarta revolução industrial, e já se fala em uma nova geração, já tendo arranjos de previsões relativas à Educação 5.0.

A Educação 1.0 se baseava, ou baseia no modelo onde a relação professor-aluno se dava de forma fundamentalmente hierárquica. Eu, particularmente, credito essa relação à questões sociais e sociológicas, mas notadamente à enorme desproporção de conhecimento entre professor e aluno. Com isso, o ensino se dava num modelo tradicional individualizado. O foco era ENSINAR.

Na Educação 2.0  o modelo de ensino era replicável em sala de aula, onde se buscava trazer o aluno para uma aprendizagem mais ativa, permitindo uma maior interação com o professor, através de perguntas.

Na Educação 3.0, o protagonismo do aluno foi mais ressaltado - "Sharing is the new teaching", ou seja, o professor permitia esse protagonismo do aluno e também crescia no processo de aprendizagem. Novas ideias nesse processo eram incentivadas. Quem nunca ouviu de um professor: "Eu aprendo com vocês". O que é uma verdade, sem dúvida.



Mas o foco deste artigo é a Educação 4.0. Nesse método há uma necessidade de REAPRENDER. Muito vinculado ao crescimento da utilização tecnológica da geração que está chegando no mercado de trabalho. Há uma frase, de Alvin Tofler, que dá uma nova dimensão do aprender - "Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender". Aqui vai um registro bem particular: A Educação 4.0 não pode ser aplicada isoladamente. Ela deve ser encarada como uma necessidade indelével, mas deve ser permeada pelos outros três modelos. Ou alguém duvida que há momentos em que é imprescindível o ensino tradicional? Como passar conceitos e fundamentos? Obviamente que  não pode ser a única forma de interagir no processo Ensino-Aprendizagem.  

Mas, finalmente, chegamos ao tema proposto no título. Como preparar as organizações para uma Gestão Empresarial 4.0? Não tem outra forma senão a de preparar as lideranças para receber esse jovem que, diferente de algumas gerações anteriores, não tem apego à empresa. Dificilmente irá passar muito tempo nela. Ou porque irá procurar outra, como uma característica dessa geração, ou porque irá empreender, criando startups, ou ainda, por um motivo eivado de argumentos e influências ideológicas (não vou me aprofundar nesse aspecto!!!), que o leva a ter desprezo, quando não raiva, de um empregador, empresário ou liderança hierárquica. 

Por falar em hierarquia, registre-se a imperial necessidade de existir, salvo contrário não se teria a condução necessária ao processo de gestão. Até como processo educativo, muitas vezes relegados no ambiente familiar. Desta forma as Lideranças precisam entender seu papel de "encantar", pela capacidade sim, mas principalmente pelo EXEMPLO. Precisam entender as diferenças de gerações, não como conflitos, mas como uma natural evolução, fruto das mudanças sociais, emocionais, familiares e de inovação, citadas no início deste artigo.

Muitas dessas lideranças nas organizações não estão preparadas para essa praxis da nova geração. Então não há outra forma de responder à pergunta do título do artigo, que não seja com a resposta de que a solução começa pela CAPACITAÇÃO dessas lideranças para exercer o desafio de atuar com flexibilidade cognitiva, sabendo negociar, fundamentadas em normas e processos, mas "calibrada" pela empatia e inteligência emocional.

Os processos são FUNDAMENTAIS numa organização. Muitas os desprezam, com graves consequências. Mas somente se conseguirá os objetivos e resultados nas organizações, com a compreensão que pessoas e interações são as melhores "ferramentas", acima de quaisquer processos. 

A formação de lideranças é uma das atividades no rol da nossa consultoria, em conjunto com nossos parceiros. Procurem-nos!!!


Artigo by IVAN CARLOS CUNHA

sexta-feira, 8 de maio de 2020

OS DANOS PSICOLÓGICOS DA COVID 19

Segundo dados da ONU de 2019, o Brasil é o País mais ansioso do mundo. O índice de Ansiedade é de 9,3% e para a Depressão, temos o índice de 5,8%. Entendo que esse índice está relacionado com a insegurança que os brasileiros vivem.
No início da quarentena foi realizada uma pesquisa na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ para analisar os dados na prevalência da ansiedade e depressão da população, foi constatado que estavam em torno de 4% a 5%. Em uma nova pesquisa, realizada um mês após o início da quarentena, esse índice subiu para aproximadamente 8%, ou seja, dobrou o número de pessoas com sintomas de ansiedade e depressão.

Segundo a pesquisa, o público mais atingido são as pessoas que estão na quarentena com os idosos, os portadores de doenças pré-existentes e comorbidade e os trabalhadores de serviços essenciais.

O processo de luto é inerente a vida emocional do ser humano, quando falo em luto não me refiro apenas ao luto da morte e sim ao luto de todas as perdas sejam de separação, da saúde, da liberdade, da morte etc.  A modificação do nosso dia a dia para cumprir o isolamento social, traz o processo de luto pela privação da liberdade, da ameaça do contágio, seja nosso ou dos nossos entes queridos, da instabilidade financeira, entre outros. O luto é a uma resposta a algum vínculo que se rompe, gerando um estado de desamparo.




Nesse processo de pandemia desfazemos a noção fantasiosa que a morte está longe de nossa família e dos nossos amigos, trazendo consequências emocionais fortes. Adaptar-se emocionalmente a essa nova realidade, demanda amadurecimento emocional e nem todos conseguem encarar as mudanças naturalmente. Nesse momento de enlutamento pela quarentena é importante se permitir chorar e sofrer. A melancolia tem que ser acolhida, mas não podemos deixá-la permanecer, pois a consequência da permanecia pode trazer a um estado de depressão.

Temos que entender que a situação é extraordinária e que vai passar. Precisamos dar prioridade para a atividade que proporcionam bem-estar e tranquilidade. É importante nessa fase buscar por aquilo que nos satisfaz. O momento é essencial para fazer uma auto análise e rever nossos valores, crenças, referências e buscar ocupações que são positivas.

Dicas para passar por esse momento:

  • assista e leia notícias do COVID19 uma vez no dia, só para ficar informado;
  • assista filmes bons;
  • leia livros;
  • faça caridade;
  • faça exercícios físico diariamente;
  • faça chamada de vídeo com sua família e amigos;
  • brinque com os filhos, essa oportunidade é única;
  • converse com os idosos, eles são a cadeia mais fraca;
  • sorria, o sorriso muda o mundo;
  • e lembre-se, isso também vai passar.

Artigo By ROSALY ALMEIDA
Psicóloga Clínica e Hospitalar
rosalyalmeida@hotmail.com



Rosaly atua em parceria em nossas consultorias, como Psicóloga e Palestrante, em diversas áreas de Gestão.

terça-feira, 28 de abril de 2020

GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE !!!

Dois mil e vinte. Ano para nunca mais ser esquecido. E para uma boa parte da população, independente de qual grupo da faixa economicamente ativa, ou segmento profissional e econômico você pertença. Mas, com raras exceções, os gestores e empresários, independente do seu tamanho, jamais esquecerão este ano.

Pois é. Os efeitos na economia do Brasil e do Mundo já começam a ser sentidos. E o que é pior, ainda não se sabe o que ocorrerá, em qual tempo poderá ser normalizada essa situação e a dimensão dos problemas que serão decorrentes de tudo isso. 

É sempre o melhor conselho, para gestores, que estejam atentos aos cenários e que sejas buscadas as projeções, previsões e evidências das questões futuras relativas ao mercado e à economia. Embora seja difícil, até porque esse momento de confinamento, de restrições de funcionamento de empreendimentos, de redução do consumo, de necessidade de demissão, de fechamento de empresas, de informações desencontradas, todo esse cenário, ainda incerto, gera no gestor, incertezas e até desespero. O SEBRAE estima que cerca de seiscentas mil empresas fecharão as portas nos próximos meses. Muitas já estão fechando. Há previsões de especialistas de que o desemprego atinja entre nove a vinte milhões de pessoas. O cenário ainda é incerto.



Aí, focando no título deste artigo, como fazer gestão em tempos de crise? principalmente diante desse esboço de cenário apresentado. E, para desespero de uns, desconfiança e incredibilidade de outros, só tem um jeito. Fazer um bom planejamento. Ou, se for caso, rever o planejamento realizado.

Muitos gestores, administradores consideram uma visão simplista da coisa. Outros falam que não adianta planejar, planejar e planejar, tem que RESOLVER!!! Embora a preocupação com RESULTADOS, não possa ser, de forma alguma, colocada em segundo plano, o planejamento é sim, a melhor forma de se fazer gestão, ainda mais em tempo de crise. Mas cuidado com os teoristas que se aproveitam de momentos como esse para vender “milagres”.

Quando se fala em planejamento, deve-se atentar para seus objetivos: investigar as premissas e condições que o mercado lhe apresenta, desenvolvendo alternativas, avaliando e escolhendo os melhores caminhos e detalhando o que se deseja executar. E lembrar sempre, que o planejamento precisa de CONTROLE, inclusive, se for o caso, replanejar. Planejamento não é estático. 

Saindo dessas importantes questões conceituais, indo para a prática, deve-se "olhar para dentro" das organizações. A velha expressão, “cada caso é UM caso”, deve ser sempre a premissa inicial. Avaliar gastos, muitas vezes desnecessários ou mal planejados. Avaliar suas equipes de colaboradores, buscando ao máximo ser justo nas decisões que precisarão ser tomadas, avaliando-se desempenho com base em indicadores e não por simpatia. Avaliar também, fornecedores, mantendo os que possam flexibilizar a relação bidirecional, e substituindo aqueles que não se interessam pela famosa relação ganha-ganha.

Mas a condição fundamental para essas decisões passa por um aspecto muitas vezes menosprezado pelos gestores: A informação. A definição de indicadores para cada relação com esses stakeholders é o que vai permitir a obtenção das informações, tão necessárias para a gestão. Quem não utiliza indicadores deve passar a fazer, quem já procede desta forma, intensificar a depuração desses números. Servirão para correção de rumos, adequação de tamanho, ou mesmo, definição na manutenção ou não do empreendimento.

Esse período de quarentena também deve servir para um aprendizado importante: A necessidade real de se investir em inovação e comunicação/marketing. O rol de oportunidades de se utilizar das ferramentas adequadas é grande. Deve-se encontrar a adequada para cada caso. E inovação não quer dizer, necessariamente, altas tecnologias. A implementação de novos processos, de novas formas de fazer o negócio, pode ser uma inovação. Para encerrar, buscar conhecimento. Aprender e/ou contratar quem pode passar esse conhecimento. E a Consultoria pode ser o caminho. É só procurar quem tenha conhecimento. 

Procure-nos!!!


Artigo by IVAN CARLOS CUNHA

POR UMA GESTÃO DE EXCELÊNCIA

Ao longo da minha vida profissional tenho laborado em três áreas de atuação: Engenharia, Mobilidade e Gestão.

Meus amigos sabem que gosto de escrever. Por isso já havia criado dois blogs: Mobilidade Expressa e Engenharia Expressa, nas duas áreas, sendo que a palavra "Expressa", que iniciou no blog sobre Mobilidade, tem duplo sentido. Representa expressa, como uma via de tráfego, e expressa, de expressar, falar e discorrer sobre temas que eu gosto, atuo e ministro cursos, treinamentos e palestras, que no caso, é o que me proponho, ousando escrever sobre esses temas.

Para a área de Gestão, resolvi manter o padrão. No Gestão Expressa, estarei abordando assuntos nesse tema e, eventualmente, convidando parceiros, amigos e profissionais para colaborarem neste espaço.




Estarei, eventualmente, e de acordo com a conveniência, à luz da vertente de assuntos que estejam dentro da atualidade, trazendo outros artigos, já publicados em blogs em outros espaços. Mas somente se eu entender que são relevantes.

Sejam bem vindos!!! E fiquem à vontade para emitirem comentários.

E o primeiro Artigo é GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE

Artigo by IVAN CARLOS CUNHA

GESTÃO EMPRESARIAL 4.0 !!!

Antes da abordagem relativa à Gestão Empresarial 4.0, para as organizações, faz-se necessário um preâmbulo sobre o que justificou a intençã...